segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Como você está? Pelo que tem lutado???


Consumida por uma insônia dolorosa, durante minha madrugada assisti ao final de um programa, que era uma espécie de “diário” da luta contra um câncer, da atriz Farrah Fawcett. O programa se encerra com alguns questionamentos da atriz, e dentre eles a pergunta que ela mais tinha respondido nos últimos anos: “como você está???”
Como você está? Pelo que tem lutado??? Esta foi a reflexão que permeou o restante de minha noite. Porque lutar é lutar. Não apenas desejar, querer, sonhar. Lutar é juntar as armas, ir à frente, enfrentar os obstáculos, não dormir, vigiar, estar atento a tudo em volta, não desanimar, se refazer mesmo ferido. A luta exige ação, decisão, coragem, perseverança.
Eu?? Tenho lutado para curar algumas dores, que me roubam sorrisos e me arrancam algumas lágrimas.
Tenho lutado para realizar alguns sonhos.
Tenho lutado para emagrecer e me aceitar.
Tenho lutado para ser melhor: mãe, esposa, filha, amiga.

Acho que, por vezes, adormeço e reduzo minhas lutas a meros desejos. Convenço-me e me conformo com meus limites, aceitando minhas fraquezas. Humana... mas logo retorno para frente de batalha, tomada pela ânsia de vencer.

Eu... estou bem! E você, como você está??? Pelo que tem lutado???

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Efeitos da TV...

Não costumo assistir, porém não consigo fugir das propagandas, dos comentários expostos em sites, sim estou falando do BBB.
Eu não sei os outros, mas eu acho tudo tão absurdo.
Todo mundo querendo "ganhar a qualquer custo", todo mundo "livre e desimpedido" ainda disposto a pegar todo mundo. Quanto mais "bafão", mais vexame, mais polêmica os candidatos estiverem dispostos a dar, melhor. Descobri que eu, definitivamente, não entendo nada de TV. É disto que gostam meeesssmmoooo???
Uma coisinha claramente combinada, armada... com monte de gente se permitindo ser fantoches??? É assim que se faz para alcançar a fama??? O anonimato é, realmente, tão ruim?
Por que viver sem fama, sem aquela visibilidade, sem os tais "15 minutos de fama" é um drama? Pois muitos esquecem seus valores, suas origens e se dispõe a viverem como animais em zoológicos.
Não acho ético, não acho que seja uma situação real. Lembro que teve uma edição, que não estava dando ibope e por isto começaram a criar várias situações para stressarem os candidatos, criarem intrigas, pressão.
Não consigo entender estas opções. Não consigo entender estes ibopes.
Se bem que... ao analisar isto, posso entender certas vitórias na política. No fundo... são as mesmas pessoas... os mesmo gostos... e o mesmo ibope. Tudo efeito da mesma TV.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Eu sei, mas não devia!

Por Marina Colasanti

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Saiba como ajudar as vítimas das chuvas

Diante do momento preocupante que vive a Região Serrana do Rio de Janeiro, muitos têm se mobilizado para ajudar os desabrigados pelas enchentes e deslizamentos, decorrentes das fortes chuvas que começaram no domingo, 9. São mais de 500 mortes confirmadas pelo balanço divulgado pelas prefeituras, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

Juntamente com a Cáritas Brasileira, a CNBB lançou, nesta quinta-feira, 12, a Campanha “SOS SUDESTE”, com o objetivo de arrecadar dinheiro que será doado às regiões atingidas pelas chuvas. O presidente da Cáritas, dom Demétrio Valentini sugere que no dia 30 de janeiro, todas as dioceses façam uma coleta em favor das vítimas das chuvas. Da mesma forma, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, deu início à campanha “Apelo à solidariedade em favor das vítimas da catástrofe na Região Serrana do Rio de Janeiro”, através da Cáritas São Paulo. As ajudas serão encaminhadas às Cáritas das dioceses de Petrópolis e Nova Friburgo, localizadas nas áreas atingidas pela tragédia em questão.

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, nesta quinta-feira, 13, salientou que as dioceses de Petrópolis e Nova Friburgo, e também a Cáritas Metropolitana, estão se mobilizando para atender as vítimas das chuvas. Através da Cáritas arquidiocesana, a arquidiocese do Rio já enviou R$ 20 mil para as dioceses de Nova Friburgo e Petrópolis e uma tonelada de roupas para Teresópolis.

Para maiss informações ou dúvidas, o telefone do Hemorio é 0800-282-0708.

Para doações em dinheiro:


Campanha “SOS Sudeste”(CNBB e Cáritas Brasileira)
Caixa Econômica Federal (CEF)
Agência 1041 – OP. 003
Conta Corrente 1490-8

ou

Banco do Brasil
Agência 3475-4
Conta Corrente 32.000-5.

Cáritas da arquidiocese de São Paulo
Banco Itaú
Agência 7657
Conta Corrente 10.834-1

Cáritas da arquidiocese do Rio de Janeiro
Banco Bradesco
Agência 0814-1
Conta 48500-4

“SOS Serra” (Diocese de Petrópolis)
Banco Bradesco
Agência 4014
Conta 11.4134-1

fonte: CNBB

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Eu carrego você comigo...

Eu carrego você comigo..

Carrego seu coração comigo

Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde quer que eu vá, você vai comigo
E o que quer que eu faça
Eu faço por você

Não temo meu destino
Você é meu destino meu doce
Eu não quero o mundo por mais belo que seja
Você é meu mundo, minha verdade.

Eis o grande segredo que ninguém sabe.
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto e o céu do céu
De uma árvore chamada VIDA
Que cresce mais que a alma pode esperar ou a mente pode esconder
E esse é o pródigo que mantém as estrelas à distância

Eu carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.

* Extraído do Poema de E.E. Cummings *

Um ano novo, novo!

E eis que o novo chegou.
Não sei porque, mas tenho isto desde que me conheço por gente. Esta sensação de que um ano novo é realmente novo, não apenas uma mera marca a ser passada. Sempre me emociono na virada do reveillon, me despendindo de um ano e recebendo o novo.
A sensação de um novo tempo é sempre contagiante. Adoro fazer um balanço, pegar a agenda rever tudo o que se passou e pensar no que ainda quero construir.
2011 já está acontecendo, a todo vapor. Muita coisa nova, coisas que eu não esperava e outras que estou torcendo para que venham. É realmente, uma alegria a vida e seus mistérios.
Silêncios, alguns distanciamentos, pontos de interrogação... a cada dia, cabe sua própria preocupação, seu fardo. Porém, já encontrei algumas respostas e muitas esperanças.
E decidi que é assim que quero viver este ano. Cheia de esperança. Algo que aprendi a buscar em 2010, agora me sinto pronta para viver em 2011.
Feliz ano novo! Feliz nova esperança!!!!