sexta-feira, 29 de maio de 2009

PARA QUEM É FEITA A LEI?


Alguns fatos recentes trouxeram à luz notícias nada agradáveis a respeito do comprometimento ético dos políticos do meu estado. Soubemos, depois que uma tragédia aconteceu, que muitos dos nossos deputados têm dirigido normalmente seus automóveis estando com suas carteiras de habilitação suspensa.
Isso causa quase que um surto na gente, porque temos a impressão que a lei não atinge determinadas classes. Que a cultura da impunidade é unânime sim, quando se trata de políticos. Que ética, cidadania, responsabilidade não conceitos desconhecidos por eles.
O problema não começa somente quando as habilitações são cassadas e eles não obedecem. A gênese do problema é o acúmulo de infrações no trânsito. É a sequência de multas, que culminam na cassação e o absurdo desprezo com se trata isto, quando se insiste em dirigir. Quem permitiu a todos eles desrespeitarem as leis do trânsito???
Jesus disse: “quem é fiel no pouco, é fiel no muito. E quem é infiel no pouco, é infiel no muito”. Creio nisto piamente. Nós, cidadãos mortais cometemos erros sim.. e levamos algumas multas sim... porém, existe um código de ética, de moral que nos regem que não nos deixa burlar a lei, quando sabemos que estamos culpados.
Não aceito!!! Não tolero, não entendo. Contudo me sinto oprimida por este sistema. Um sistema que permite que qualquer um se inscreva em um cargo que lhe garanta tanto, mas tanto poder e não exija dele nenhum requisito. Eu? Tenho que ter ensino superior, língua estrangeira, conhecimento de informática, ficha limpa na policia, no SPC, no banco, notas azuis em todos os boletins, até para comprar do camelô da esquina.
Político tem que ser bom de lábia. Acho que é só. Não tem que saber sociologia, ética, cidadania, filosofia. E não precisam saber o que dizia Platão. Porque se soubessem, entenderiam quando ele dizia: “o primeiro e fundamental problema da política é que todos os homens acreditam-se capacitados para exercê-la”.
É temerário, triste, mas para mim é uma verdade: certas leis, aquelas bem marginais, mas em muito vigor, não são libertadoras. São fortemente opressivas. E eu também me sinto vítima delas.

“A lei, ao garantir a eqüidade, faz com que o exercício do poder seja um serviço e não uma ostentação para perpetuar privilégios nefastos de quem não tem consciência da importância social dos cargos que exerce. O poder é efêmero. As pessoas que ocupam uma função pública não a ocuparão para sempre, e estarão apenas de passagem. Essa consciência é imprescindível. A coisa pública precisa ser respeitada para que a ética prevaleça. E esse é um exercício constante.
Governantes que não entenderam o mister de servir ao povo, de servir ao sonho de construir uma sociedade cada vez mais harmoniosa. E o vício do mau exercício do múnus público faz com que a essência da pessoa que governa se desfigure. Já não se sente um homem, mas um semideus capaz de fazer o que quer, de tratar o outro com arrogância, de se sentir eternamente num patamar superior. Tola visão de medíocres governantes que perdem a grande oportunidade de vivenciar a felicidade na arte de fazer uma política que seja afetiva e libertadora. Perdem a oportunidade de entender que o serviço é uma oferenda à magia do encontro humano na busca pela verdadeira paz. Não aquela que se firma pela ausência de guerra, mas aquela que se firma por uma elevação da pessoa humana que começa a entender melhor esse fascinante exercício da vida.”
Gabriel Chalita – o vereador mais votado na cidade de São Paulo– no livro ‘Os dez mandamentos da ética”.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Eu apóio: Movimento pela criação do alerta Amber



Você também pode fazer alguma coisa... não fique de fora desta campanha!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

A educação dos filhos


O fator mais importante na educação é conquistar os filhos
Há alguns anos a polícia de Houston, no Texas, Estados Unidos, publicou o que chamou de “Dez Regras Fáceis de Como Criar um Delinquente”. É interessante refletir sobre elas, especialmente os pais e os educadores. Para isso, vamos transcrevê-las:
1. Comece na infância a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, ele acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.
2. Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3. Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos 21 anos, e “decida por si mesmo”.
4. Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5. Discuta com frequência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6. Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser.
7. Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
8. Tome partido dele contra vizinhos, professores, policiais (Todos têm má vontade para com o seu filho).
9. Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: Nunca consegui dominá-lo.
10. Prepare-se para uma vida de desgosto.
Sem dúvida, esta é uma lista, fruto da experiência de quem trata com jovens “problemáticos” e que não pode ser desprezada. Fica cada vez mais claro que o aumento da delinquência juvenil é diretamente proporcional à destruição dos lares e das famílias. É muito fácil verificar que, na grande maioria dos casos, o “jovem problema” tem atrás de si “pais problemas”.
A vida familiar é o “arquétipo” que Deus instituiu para o homem viver e ser feliz na face da terra.
Quanto mais, portanto, as santas leis de Deus, em relação à família, forem desrespeitadas e pisadas pelos homens, tanto mais famílias destroçadas teremos, e tanto mais lágrimas rolarão dos olhos dos pais e dos filhos. Ninguém será feliz sem obedecer às leis de Deus. Antes de serem leis divinas elas são leis naturais. E a natureza não sabe perdoar quem se põe contra ela.
No capítulo 30 do Eclesiástico, a Palavra de Deus fala aos pais sobre a sua enorme responsabilidade na educação dos filhos. Ele diz: “Aquele que ama o seu filho corrige-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde” ( 30,1).
Vi certa vez uma frase, em um adesivo de automóvel, que dizia: “Adote o seu filho, antes que o traficante o faça”. De fato, se não conquistarmos os nossos filhos com amor, carinho e correção sadia, eles poderão ir buscar isso nos braços de alguém que não convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga, na violência... fora de casa.
O fator mais importante na educação é que os pais saibam conquistar os filhos; não com dinheiro, roupa da moda, tênis de marca, etc, mas com aquilo que eles são; isto é, a sua conduta, a sua moral íntegra, a sua vida honrada e responsável. O filho precisa ter “orgulho” do pai, ter “admiração” pela mãe, ter prazer de estar com eles, ser amigo deles. Assim ele ouvirá os seus conselhos e as suas correções com facilidade.
Sobretudo é primordial o respeito para com o filho; levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas iniciativas boas, etc. Se você quer ser amigo do seu filho, então deve tornar-se amigo dos seus amigos e nunca rejeitá-los. Acolha-os em sua casa.
Diante dos filhos os pais não devem ser super-heróis que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que os seus pais também erram e que também têm o direito de ser perdoados. E, para isso, os genitores precisam aprender a pedir perdão para os filhos quando erram. Não há fraqueza nisso, e muito menos isso enfraquecerá a autoridade deles de pais. Ao contrário, diante da humildade e da sinceridade dos pais, a admiração do filho por eles crescerá. Tudo isso faz o pai “conquistar” o filho.
O educador francês André Bergè diz que os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos.
É importante que os pais saibam corrigir os filhos adequadamente, com firmeza é certo, mas sem os humilhar. Não se pode bater no filho, não se pode repreendê-lo com nervosismo nem o ofender na frente dos amigos e irmãos. Isso tudo humilha o filho e o faz odiar os pais. Conquiste o filho, não com dinheiro, mas com amor, vida honrada e presença na sua vida. E, sobretudo, leve-o para Deus, com você! São Paulo diz aos pais cristãos:
“Pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor” (Efésios 6,4).

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O poder do olhar


O olhar é uma dinâmica, uma capacidade que eu aprecio muito. Me deleito em meditar no olhar de Jesus... quantas vezes me encontrei no olhar Dele. Quantas vezes foi este o olhar que me trouxe de volta, que fez acreditar de novo e que me restaurou. O olhar de Jesus, na bíblia, em suas passagens com o apóstolos me faz me imaginar no lugar de Maria Madalena, quando Ele enxergou nela sua dor, seus pecados, seu arrependimento, seu desejo de mudar.
Já me vi no lugar de Pedro, quando se encontraram de novo, depois de Pedro tê-lo traído... e o olhar do Cristo dizia ao coração de Pedro: da minha parte, nada mudou... meus planos para você ainda são os mesmos...
Fiz a dinâmica de ser João, desesperado aos pés da cruz, olhando para Ele, sentindo que tudo o que tinha na vida estava acabando... e recebendo a incrível missão de acolher Maria.
Existe uma experiência, em especial, que mostra a importância do olhar. Quando Jesus convida Pedro, a andar sobre as águas. Pedro aceita o desafio. E enquanto seu olhar está fixo no olhar Dele, Pedro caminha tranquilamente. Contudo, ao desviar os olhos para o mar, Pedro afunda. E assim é na minha vida... toda vez que insisto em olhar a violência das águas ou me distraio com a beleza dos peixes, eu afundo. Porque é seguindo, andando, mirando o olhar de Jesus é que meus passos se encaminham bem, em qualquer caminho que estiver... seja de terra ou de água.

É este o olhar que me seduz e fascina.
O olhar que despe, desconcerta, constrói.
O olhar que fala, que pede, que ama, que perdoa.
Não queria ficar na superfície. Ver o que está visível a todos.
Quero mergulhar no poder do olhar e enxergar as profundezas, o íntimo, aquilo que não está fácil... as entrelinhas.
Espero não me perder na luzes, nos brilhos e nas purpurinas. Não quero mirar o que está claro. Eu preciso enxergar tudo...
E me deixar transformar através do poder do olhar... como dizia o poeta: “os olhos são a janela da alma”.

Este é para meus amigos, amigas... pedaços de mim...