terça-feira, 16 de junho de 2009

Meu estranho jeito de amar...


Não fui feita para distância... não sei lidar com ela.
Não lido bem, aliás, com muitas outras coisas: omissões, silêncios prolongados, falta de iniciativas, ausências.
Para mim, amar é estar junto. Se não fisicamente, pelo menos temporalmente.
Não entendo como numa era de tanta tecnologia, emails, orkut, msn, telefone, celular as pessoas consigam se manter distante daqueles que dizem amar.
Eu aprendi, certa vez, que amar é cultivar, cativar, conquistar. E eu não creio que seja possível alimentar o amor, a amizade, um relacionamento quando os corações estão distantes. Quando não sabemos o que se passa com o outro.
Claro que a vida nos encaminha, por vias que não prevemos e, assim, por vezes nos separamos daquele amigo de infância ou mesmo daquele primo querido.
Eu não sei lidar com gente que se conforma em amar assim. Eu amo, mas não entendo.
Eu gosto mesmo é de estar junto. Gosto de receber email pessoais, não apenas reencaminhados. Gosto de lembrar do aniversário. De pensar na pessoa no singular.
Não consigo entender gente ensimesmada, escrava de desculpas para não viver. Que cria um muro em torno de si e vive sua rotina, seu “quadrado” como uma regra inquebrável.
Eu sou estranha mesmo. Já sei disto, nem precisa me lembrar.
Imagina que eu gosto de escrever cartas! É um quase absurdo. Porém, eu adoro escrever cartas, emails. Gosto de me fazer presente assim.
E este meu jeito estranho de amar, por vezes, me faz me atrapalhar inteira. Porque não só espero receber a mesma atenção que dedico, como também, por vezes, tomada por desespero, me faz cobrar a mesma atitude. Nossa, quantas vezes meti os pés pelas mãos na ânsia de estar junto. Quantas vezes me arrependi de ter esmolado aquela atenção.
E tomada de carência não compreendi, não visualizei o limite do outro. Tem gente que vive bem com isso e pronto. Ama no seu lugar, do seu próprio jeito, quieto, em silêncio. São formas diferentes de amar.
E a minha deve ser mesmo muito estranha. Porque eu sinto que eu escandalizo.
Mas entendam: é amor. Apenas demonstrado com certo desespero, na minha busca incessante de estar junto.
Prometo tentar ser mais comedida e entender melhor as diferenças. Não estou aqui para ensinar nada. Quero eu aprender com tudo. E, se ainda for possível, continuar amando.

2 comentários:

  1. Oi, Andréia!
    Olha só, me identifico contigo na necessidade de interação no singular para se sentir amando e amada. Acho fundamental que as atenções sejam personalizadas, e faço isso na vida real e virtual. Mas me reconheço cautelosa porque amor em excesso também sufoca, e assusta. Não gosto de pensar que estou sendo demais e presto muita atenção nos sinais que o outro me dar para saber quando é hora de avançar na expressão do meu amor, sabe? Talvez seja uma forma de me proteger, sei lá... mas é assim que atuo. :)

    Beijos, bonita!

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  2. Amiga,

    AMO VOCÊ!!!!(conclusões no seu e-mail!!!eheheh)

    beijos e boa quinta-feira!

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