quinta-feira, 24 de março de 2011

No divã

Desde que completei 30 anos, e isso já tem 4 anos, tenho me dedicado ao auto-conhecimento. Saber quem sou, o que gosto, o que me faz feliz, o que me dá medo, porque reajo assim ou assado.
E, neste tempo, fiz muitas descobertas sobre mim: sou melancólica, mas não infeliz ou triste; amo ler e escrever, e resolvo muita coisa interna escrevendo e não falando. Amo demais minha família e meus amigos e, a simples companhia deles me fazem muito feliz e me ensinam muito sobre o amor de Deus. Meus medos não podem me dominar e já venci muitos. Sou metida a dar conselhos, mas tenho o dom da escuta. E saber disto, me fez querer mais estar à disposição. Gosto de comer, mas não de engordar e, ainda não descobri como uma coisa pode excluir a outra.
Amo ser mãe, amo meus filhos, amo meu marido. Amo cuidar de minha de família. Minha profissão não é prioridade. Tenho alma de estudante, mas sou melhor dedicada aquilo que me dá prazer. Posso ser ouvinte 24 horas, mãe, esposa, filha, amiga... mas meu dia não aumenta. Compreendo o erro alheio, mas não tolero o meu. Adoro ver os bichos, nas casas dos outros ou no zoológico. O meu tempo só tenho capacidade de dedicar a gente e a ser gente melhor. Mas não maltrato e nem acho certo ter bicho por satisfação do ego e não por desejo de se dedicar.
Amo muito, mas não o tempo todo e nem tudo de uma só vez. Fico irritada, cansada, doente, com dor, com sono. Não acordo de mau-humor quase nunca. Mas é quase.
Nem sempre coloco os limites do meu território do jeito certo. Porém, não delego a função de fazê-lo a ninguém. Sou absurdamente organizada e pelo absurdo também sistemática. Detesto esperar e, nem a maturidade tirou isto de mim.
Gosto de quem fala e escreve bem. Gosto de inteligência aliada à sabedoria. E, embora, eu me esqueça muito, não sou perfeita, não sou heroína, não tenho super-poderes. Às vezes, sofro com isso, quando me estresso, canso, sinto sono e vontade de parar tudo, sendo que eu estava fazendo o que gosto. Daí, eu lembro que posso errar, posso não ser perfeita hoje e que deixar a louça na pia, não vai tirar meu título de boa dona-de-casa.
Adoro argumentar e não fujo a uma discussão. E não sou dona da verdade, como muitos me taxam. Apenas, adoro pensar... aliás, pensar toma boa parte do meu tempo. Apenas isso. Gosto dos argumentos e não exijo ter razão, desde que me provem o contrário.
Sou uma mulher, mãe, esposa, filha, amiga, católica, cristã, fotógrafa, motorista, ouvinte, blogueira - EM CONSTRUÇÃO -. Não estou pronta, e sempre é possível ampliar o projeto ou mudar a cor da tinta.

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